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Revista traz conselhos para Neymar, e René Simões diz: 'PSG tem que mostrar que é o chefe e ele é seu empregado'

Após duas temporadas com a camisa do Paris Saint-Germain, Neymar ainda não conseguiu a tão sonhada Champions League e está longe da disputa pelo título de melhor do mundo. Com lesões e polêmicas em sua trajetória, os franceses entendem que ele ainda não rendeu o que poderia render.

A prestigiada revista France Football resolveu ouvir 11 opiniões sobre o que o brasileiro precisa fazer para crescer com a camisa do PSG, recolhendo dicas de ex-jogadores, especialistas, treinadores, etc.

Um dos “conselheiros” ouvido pela publicação foi o treinador René Simões, com quem Neymar teve um desentendimento no começo de sua carreira, quando defendia a camisa do Santos e o técnico comandava o Atlético-GO.

“Neymar é como um talentoso, mas indisciplinado estudante que precisa ter um professor rígido para ter boas notas. O professor não é apenas o técnico, é também o clube como um todo. O PSG não é rígido o suficiente”, disse Simões.

“Não tenho certeza se o Barça teria deixado Neymar ter ido para o Carnaval no Rio. O PSG precisa entender seus erros e corrigir”, continuou relembrando seu problema com o jogador no passado.

“Eu disse em 2011 que estávamos fazendo um monstro e Neymar era malcriado, esportivamente falando. Hoje, eu poderia dizer que ele se tornou um monstro se ele não tivesse provado o contrário no Barça. Lá ele teve um comportamento normal. Eu aconselho o PSG mostrar que ele é o chefe e o Neymar é seu empregado”, completou.

Outro ouvido foi o empresário Jean-Pierre Bernès, que concorda que Neymar ainda está devendo no clube francês e vê o PSG com total direito de exigir mais do reforço por quem pagou um valor recorde.

“Neymar não trouxe o que deveria ter trazido ao PSG. Se ele mostrar a que veio, devemos incentivá-lo a continuar. Se ele pensar o contrário, não há motivo para seguir. Neymar tem direitos, mas o PSG tem o direito de ser exigente com ele”, disse.

Já o ex-jogador Youri Djorkaeff, campeão do mundo com a França em 1998, acha que o brasileiro precisa de mais apoio dentro de campo.

“Devemos cerca-lo de jogadores experientes que vão animá-lo e também poderão protege-lo e defende-lo quando necessário. Só vai fazer ele melhorar”, disse.