Quem ganhou e perdeu o que em troca histórica entre Celtics e Cavs

Gustavo Faldon, do ESPN.com.br
Quem se deu melhor na troca? Veja o ‘Top 10’ insano de Kyrie Irving e Isaiah Thomas e decida
  • Um por outro


A essência da troca é essa. Pela primeira vez na história, uma escolha número 1 do Draft é negociado em troca da última do mesmo ano. Ou seja, o “Sr.Irrelevante” de 2011 (Isaiah Thomas) superou todas as expectativas e hoje vale tanto quanto o jogador mais badalado do recrutamento daquele ano: Kyrie Irving.

Na teoria, Kyrie Irving é melhor que Isaiah Thomas, tanto do lado ofensivo e especialmente do lado defensivo, onde Thomas tem muitas deficiências. Por isso, neste aspecto, ponto para os Celtics. 

  •  Ponto para os Celtics
  • O "pacote"


O Boston Celtics abriu mão de Jae Crowder (um excelente coadjuvante versátil), do pivô Ante Zizic, que ainda é uma promessa de 20 anos draftado neste ano, e da escolha de primeira rodada de 2018, pertencente ao Brooklyn Nets, que por ser ainda um time ruim deve dar um belo pick aos Cavs.

Considerando o pacote como um todo de jogadores e picks, a perda na individualização entre Irving e Thomas foi compensada aos Cavs por ter conseguido um excelente jogador versátil que deve ser um bom coadjuvante no elenco e mais duas promessas da NBA.

Para os Celtics, o ponto negativo foi ter perdido mais um jogador que ajudou bastante o time no ano passado. Dos seis principais cestinhas do elenco de 2016-17, quatro já não estão mais lá: Thomas, Avery Bradley, Jae Crowder e Kelly Olynyk.

Mas, assim como foi o caso de Paul George, fica a impressão que os Celtics deram demais aos Cavs, algo que talvez não fosse necessário mediante o pedido praticamente público de Irving de querer sair de Cleveland. 

  •  Ponto para os Cavaliers
  • Nas finanças


O Cleveland Cavaliers é o time que mais gasta em salários na NBA atualmente. Já contando com a safra de jogadores que está chegando, são mais de US$ 137,8 milhões. Se Iman Shumpert (US$ 11 milhões) e LeBron James (US$ 35 milhões) exercerem suas opções de renovação para 2018-19, os Cavs já têm US$ 128,2 milhões comprometidos em contratos, bem acima do teto.

Isaiah Thomas já avisou no último ano que “é melhor trazerem o caminhão-forte” quando ele for assinar seu novo contrato. Seu atual vínculo termina ao fim desta temporada no valor de US$ 6,2 milhões. Basicamente, se Cleveland quiser manter as principais peças desse elenco, terá que se livrar de algumas peças ou então LeBron e Thomas terão que aceitar ganhar menos do que merecem ou valem.

O absurdo contrato de 3 anos e US$ 22 milhões para Kyle Korver, de 36 anos, ou os três anos restantes, com mais de US$ 13 milhões em cada, restantes no vínculo de JR Smith pesam agora.

E com Derrick Rose, Thomas e LeBron em último ano de contrato garantido, o futuro dos Cavs é tudo menos esclarecido. Se King James se for mais uma vez, ele leva com ele a turma.

Já Boston está numa situação melhor. Kyrie Irving vem contrato até 2019 – com opção para 2019-20 -, assim como Al Horford, enquanto Gordon Hayward fica até 2020, com opção para 2021. E em todos os anos até lá, os Celtics não têm mais do que US$ 111 milhões comprometidos na folha salarial.

  •  Ponto para os Celtics
  • Se prepare!


Com tudo isso em jogo, nós chegamos a mencionar o jogo que abre a temporada, em 17 de outubro, às 22h (Brasília)? Sim, o Cleveland Cavaliers recebe o Boston Celtics. 


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