Eric o quê? Eric Botteghin! Sim, o zagueiro de sobrenome estranho não é conhecido no Brasil, sequer atuou profissionalmente por algum clube do país, mas tem feito um sucesso estrondoso na Holanda. A ponto de já ter sido alvo de times da Inglaterra e estar no radar da seleção local, assuntos sobre os quais falou nesta entrevista exclusiva ao ESPN.com.br.
Com quase 30 anos de idade (que completará em 31 de agosto), o brasileiro está no país europeu desde 2007 e passou por três clubes (PEC Zwolle, NAC Breda e Groningen) até chegar, no meio de 2015, ao Feyenoord, um dos gigantes do futebol laranja ao lado de Ajax e PSV.
Na equipe de Roterdã, que há duas temporadas tem como técnico o ex-lateral-esquerdo Giovanni van Bronckhorst, campeão da Champions League no Barcelona de Ronaldinho Gaúcho, Eto'o e companhia em 2005/2006, o paulistano nascido no bairro do Tatuapé, zona Leste de São Paulo, tem motivos de sobra para comemorar.
Afinal, já em sua primeira jornada, 2015/2016, ganhou a Copa da Holanda, acabando com a seca de oito anos da agremiação sem conquistar uma mísera taça; na segunda, 2016/2017, festa ainda maior: título do Holandês e fim de um jejum de 18 anos - última vez que o time levara a Eridivisie fora em 1998/1999.
- JOGAR NA SELEÇÃO HOLANDESA. E POR QUE NÃO?
Eleito duas vezes em três anos (2014/2015 e 2016/2017) o melhor zagueiro da Eridivisie, Botteghin passou a ser citado como opção para defender a Holanda. O próprio Bronckhorst deu a ideia em uma entrevista em fevereiro deste ano.
"Eric, hoje, poderia vestir a camisa laranja", disse o treinador. "Seria uma ótima opção", acrescentou.
Questionado sobre a possibilidade, o marido da Melina e pai do Rafael não titubeou.
"... Se eu recebesse o convite, quem não tem um sonho de jogar pela seleção, ainda mais uma seleção holandesa, tão tradicional e tão grande no cenário mundial, eu não recusaria, não!"
- À ESPERA DE TITE
Apesar de admitir que aceitaria jogar pela Holanda, Botteghin, que tem cidadanias brasileira, italiana e holandesa, ainda mantém a esperança de poder defender a seleção brasileira.
Ainda que um pouco incrédulo e realista, apega-se ao estilo de Tite trabalhar e as oportunidades que o técnico tem dado a atletas de diferentes centros de atuar com a amarelinha
"A gente sabe que o Tite é um grande treinador, e a gente percebe nos frutos do trabalho dele que ele tem feito isso mesmo, de estar olhando no mundo inteiro todos os jogadores, ele dá chances a todos, dá confiança, então, isso anima, claro que a gente cria expecatitva", afirmou.
E seguiu: "Eu sei também que por mais que ele esteja olhando, eu sei que é um pouco difícil ele estar olhando aqui para esse lado, aqui para a Holanda, que não é tão chamativo como os Campeonatos Espanhol, Inglês..."
- "NÃO" AO FUTEBOL INGLÊS
Antes de ir do Groningen para o Feyenoord, no meio de 2015, Botteghin teve a chance de jogar na segunda divisão da Inglaterra e brigar para estar na Premier League. Disse "não"!
De quais clubes foram as propostas?
"Foi da Inglaterra, né! Foi do Brighton [& Hove], que subiu agora para a Premier League, e do Fulham, esses dois clubes aí que eu posso falar assim, né, que até saiu aqui na mídia...
Desses dois aí chegou até ter negociações aqui, mas não acertou nada, não."
Vale lembrar que na temporada que acabou há pouco na Inglaterra, o Fulham terminou em sexto na Championship, a segunda divisão, e disputou o playoff de acesso, tendo sido eliminado pelo Reading.
- O COMEÇO DE TUDO E UMA POSSÍVEL VOLTA AO BRASIL
Ainda muito jovem, Eric Botteghin jogou futsal por Corinthians e Palmeiras. Entre 13 e 14 anos, por volta de 2001, já estava no campo, na Associação Desportiva Guarulhos.
Em 2003, chegou ao Grêmio Barueri, no qual chegou a disputar a tradicional Copa São Paulo de Futebol Júnior.
Dali, foi para a base do Internacional. E em um torneio para jovens disputado em janeiro de 2007 em Groningen, na Holanda, chamou a atenção e acabou sendo contratado pelo PEC Zwolle.
Deixou, então, o Brasil sem jamais ter jogado profissionalmente por uma agremiação nacional.
Agora, dez anos depois e já com a carreira mais do que estabilizada no futebol holandês, o zagueiro até pensa duas vezes quando o assunto é uma possível volta ao país caso surgisse alguma proposta de um clube grande, mas não deixa de cogitar a possibilidade (assista ao vídeo abaixo).
Botteghin tem contrato com o Feyenoord até o meio de 2019.
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