Junho de 2016. O sérvio Novak Djokovic era campeão no saibro de Roland Garros pela primeira vez e fechava os 12 meses mais fantásticos da história do tênis masculino.
No período, Djoko ganhou os quatro Grand Slams (Wimbledon, US Open, Australian Open e Roland Garros). Mais cinco Masters 1.000 (Shanghai, Paris, Indian Wells, Miami e Madri). E ainda o ATP finals de 2016, o torneio que reúne os oito melhores da temporada. E, de quebra, um ATP 250 (Doha) e outro 500 (Pequim).
Depois do título no saibro parisiense, o sérvio tinha 16.950 pontos no ranking da ATP, com uma vantagem de absurdos 8.035 pontos para o segundo colocado, Andy Murray.
Os 12 meses mágicos de Djoko renderam para ele, apenas em prêmios, o equivalente, pelo câmbio atual, a R$ 62 milhões, quantia nunca antes vista no tênis em igual período.
Agora corte para junho de 2017. O sérvio leva até pneu é e eliminado pelo austríaco Dominic Thiem nas quartas de final de Roland Garros e não consegue defender seu título, o que virou rotina nos últimos 12 meses e, para seus padrões, tem agora um desempenho medíocre.
No período, Djokovic ganhou apenas dois títulos, nenhum Grand Slam e apenas um Masters 1.000, no Canadá. Ele tem agora 5.805 pontos, ou 11.145 a menos do que um ano atrás. Já caiu para o terceiro lugar, e pode ainda descer para o quarto lugar dependendo do desfecho de Roland Garros.
No bolso, o desempenho mediano tem efeito gigante. Contra os R$ 62 milhões dos 12 meses anteriores, ele faturou agora R$ 15 milhões, ou R$ 47 milhões a menos.
A decadência de Djoko acontece junto com muitos problemas na carreira do astro, especialmente com troca de treinadores e notícias que já não tem a mesma dedicação, como disse até Boris Becker, que era seu técnico.
"Eu espero que o meu amigo Djokovic esteja assistindo. É hora de você limpar os sapatos, consertar sua raquete e voltar ao trabalho", postou Boris em uma rede social ao comentar uma vitória de Roger Federer.
Em Roland Garros, o sérvio já foi instruído por Andre Agassi, seu novo técnico. Que terá muito trabalho pela frente.
Como Djokovic foi dos melhores 12 meses da história do tênis à 'mediocridade'
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