Danem-se as campanhas dos times, Westbrook merece ser o MVP da temporada
Não é de hoje que os jornalistas que votam no prêmio de MVP têm como primeiro critério, acima de estatísticas individuais, a campanha do time. Mas, em 2016-17, eles precisam abrir essa "exceção" para Russell Westbrook.
O 41º triple-double, igualando o recorde de 55 anos atrás de Oscar Robertson, só provou mais uma que, na opinião desse que vos escreve, o camisa 0 do Thunder merece o prêmio neste ano.
Sim, James Harden ganharia o prêmio em outras circunstânciad e pegou um Houston Rockets desacreditado no início da temporada e está conduzindo o time a um honroso terceiro lugar na Conferência Oeste. Mas ainda assim, é terceiro. Não segundo, não primeiro.
O último MVP a jogar num time sem ser primeiro ou segundo de sua conferência foi Michael Jordan, em 1988. Em 2017, os jornalistas deveriam abrir essa exceção. Se não elegerem Westbrook, Harden seria mais do que justo também mesmo não atendendo ao "pré-requisito" de Top 2 na conferência.
Harden começou com um Rockets desacreditado pela imprensa e especialistas. Mas Westbrook sofreu isso também.
Quando Durant se mandou para os Warriors e Ibaka foi trocado, muitos duvidavam que o armador, sempre tido como "fominha", "chuta-chuta", o oposto de "team player", pudesse conduzir uma franquia nas costas. E ele o está fazendo.
Fez isso inicialmente ao renovar com o Thunder quando seus dois principais companheiros se foram. E faz isso todas as vezes que entra em quadra.
Em 1982, os jornalistas que compõem o corpo docente elegeram Moses Malone MVP com média de 31,1 pontos, 14,7 rebotes e 1,5 toco. Médias boas, mas não impressionantes como as de Westbrook. Em comum com o armador, Malone tem que o seu Houston Rockets daquele ano foi sexto colocado no Oeste. Ou seja, dá pra abrir essa "exceção".
Sim, uma temporada com 41 triple-doubles e média de um "TD" não é novidade, Oscar Robertson fez isso há 55 anos. Mas fez isso com uma média de 44 minutos por jogo, 10 a mais que a de Westbrook hoje.
E o mais importante: muitos dizem que Westbrook não joga para o time, que ao seu lado os jogadores do Thunder não se sentem confortáveis ou não gostam de jogar. Acusações que não passam de rumores e são desmentidas nesses vídeos engraçados de Enes Kanter e Steven Adams.
Ok, Harden e os Rockets têm uma campanha melhor. Mas Houston tem um técnico perfeito para o estilo do jogo do barba, que inclusive revolucionou sua carreira ao dar todo o "poder" nas mãos do camisa 13.
E mais do que isso. Harden tem os companheiros perfeitos para o seu estilo de jogo, que abrem bem a quadra e chutam de 3, como os excelentes Eric Gordon, Trevor Ariza e Ryan Anderson.
O elenco do Thunder é fraquíssimo. É impossível imaginar que um time titular com Oladipo, Roberson, Cameron Payne, Sabonis e Adams fosse ser minimamente competitivo e tivesse chance de terminar em sexto - podendo ser até quarto - na conferência mais competitiva e de alto nível da NBA.
Companheiros de profissão dos EUA, vamos valorizar essa temporada de Russell Westbrook. Deem o MVP ao homem.
Fonte: Gustavo Faldon, do ESPN.com.br
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