O árbitro Thiago Duarte Peixoto voltou atrás e assumiu seu erro na expulsão de Gabriel na vitória do Corinthians sobre o Palmeiras. Depois de entregar a súmula sem qualquer menção ao equívoco, o juiz entregou uma retificação, escrita à mão, à Federação Paulista nesta quinta-feira.

"Após a partida, em análise de vídeo, constatei que o atleta a ser advertido, por cartão amarelo, por segurar seu adversário impedindo um ataque promissor é o atleta de nº 30, sr. Maycon (...) e não o atleta de nº. 5, sr. Gabriel (...), que recebeu o segundo cartão amarelo sendo expulso."

Inicialmente, Peixoto escreveu que Gabriel foi "expulso após ter sido advertido anteriormente com cartão amarelo, por segurar seu adversário (Keno), impedindo um ataque promissor na disputa de bola". A falta, contudo, foi cometida por Maycon, sem qualquer envolvimento do camisa 5 corintiano.

O erro de Peixoto aconteceu aos 45 minutos do primeiro tempo do clássico. Em contra-ataque do Palmeiras, Keno foi primeiro puxado por Maycon e depois atingido por Pablo. O árbitro marcou a primeira infração, mas mostrou cartão para Gabriel, que só observava a jogada.

Nos espaços reservados para observações na súmula, Peixoto relata a presença de sinalizadores na torcida do Corinthians, antes de a bola rolar. "Houve sinalizadores na arquibancada e uma faixa com o dizer ‘Pelo fim da proibição' durante o hino nacional, não interferindo no início da partida."

O árbitro também relata ter sido xingado "por parte de torcedores e dirigentes" do Corinthians, mas que não conseguiu identificar ninguém. "Houve no intervalo e término da partida, na área designada como mista, agressões verbais: ‘Filho da puta, ladrão, safado'", escreveu.

Após a partida, vencida pelo Corinthians com um gol de Jô, aos 41 minutos do segundo tempo, Peixoto admitiu o erro, ainda na Arena. "Houve um equívoco da arbitragem em um lance pontual, por mim. Era um lance de cartão amarelo, foi o que eu fiz, porém para o jogador errado", disse.