Técnico do Atlético-GO volta para casa, fica por 7 minutos e depois sai

ESPN.com.br
Divulgação Atlético-GO
Marcelo Cabo em treino do Atlético-GO
Marcelo Cabo em treino do Atlético-GO

Após quase dois dias desaparecido, o técnico Marcelo Cabo apareceu na tarde desta segunda-feira por sete minutos no apartamento onde ele reside, no Jardim Goiás, em Goiânia. Segundo o tenente-coronel Wellington Urzêda da PM-GO, ele chegou de taxi, subiu ao andar onde mora, desceu e voltou para o taxi e foi embora.

"As 15h48, um táxi com seu Marcelo Cabo chegou onde ele mora. Foi até o subsolo com o carro. Ele desceu, subiu ao apartamento. Quem viu disse que ele não tinha mancha de sangue nem lesões. Ele está bem. Inclusive foi cumprimentado pelos funcionários. Mas saiu daqui do jeito que voltou. Não sabemos ainda para onde. Mas ele está bem. As investigações continuam. Precisamos saber se ele está sendo coagido por alguém", disse o tenente-coronel Wellington Urzêda exclusivamente para a "Rádio 730" de Goiânia.

Foi ele quem observou toda a movimentação, após receber informações anônimas.

"Vi que era um Fiesta branco, um táxi, mas parece que não é táxi de Goiânia. Pelas faixas sabemos que não é de Goiânia. A primeira coisa que pensávamos já descartamos. Não foi homício nem latrocínio. Ele está bem, graças a Deus. A investigação prossegue".

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A PM não tem qualquer pista do que pode ter acontecido ou de onde Marcelo Cabo pode ter ido. Por isso não descartou prosseguir as investigações.

  • O CASO

O sumiço de Marcelo Cabo é um mistério na cidade. Um pouco mais cedo Urzêda, disse que "nada está descartado" e detalhou as informações que a investigação já tem até agora.

"Todo mundo conhece ele. Sabe que ele não é um cara da noite. É um cara muito discreto. Não tem histórico nenhum. Durante a tarde de sábado ele esteve no amistoso do Atlético. Depois ficou na resenha com os amigos. Foi para a casa dele em um carro. Ele estava sozinho. Estacionou em frente ao prédio onde mora, às 2h00. Ele não estacionou na garagem, parou perto. Subiu e ficou uns 40 minutos, conversou com a família, assuntos familiares. E saiu sem a carteira e sem o celular. E desde 3h02 não foi mais visto nem o carro dele, um Palio Attractive branco, placa PQF-8288", disse Urzêda.

"Ele é um cara que tem hábitos. Ou ele estava no Atlético, ou na igreja ou no apartamento. A vida dele é uma rotina certinha por isso está nos estranhando muito. Ele não faz uso de drogas, não tem vida dupla. Esperamos que não tenha acontecido nada de ruim", prosseguiu.

"Como ele não levou a carteira e o celular tudo indica que ele iria para um lugar próximo de onde mora. Estamos todos empenhados para descobrir o caso", completou.

Segundo Urzêda, já foram verificadas as contas de Marcelo Cabo e não houve débitos no cartão que estava com ele no momento em que deixou a residência. Imagens das câmeras de segurança do apartamento onde ele moram serão utilizadas na investigação.

"Marcelo Cabo levou apenas o cartão de débito e não fez nenhum saque desde a madrugada de domingo", repetiu Urzêda, ainda na entrevista dada no início da tarde.

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  • MAIS DETALHES

Segundo a "Rádio 730", às 14h30 (de Brasília) desta segunda-feira, representantes do Atlético-GO foram até a Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic), em Goiânia, para registrar uma ocorrência, o que foi feito pelo delegado Valdemir Branco.

O delegado Klayton Manoel, do DEIC, atendeu os jornalistas por volta das 16h. Disse que já tinham sido ouvidas duas testemunhas e que seria ouvida uma terceira. Mas que a polícia não tem outras pistas sobre o caso exceto as que obteve com as imagens das câmeras de segurança do prédio onde mora Marcelo Cabo.

"Ele chegou por volta das 2 da manhã de domingo e deixou a residência dele, sozinho, caminhando a pé, por volta das 3h02. Ou seja, ficou uma hora em casa. Encerra-se por aí que nos temos. Estamos fazendo um levantamento na vizinhança para ver se conseguimos imagens dele em um comércio, na região", disse o delegado.

"Não temos informação de rixas. Era uma pessoa de família, zelosa, dedicada ao trabalho. Tanto que foi campeão no Atlético. Pessoa de boa indole. Estamos a procurar um caminho investigativo a ser seguido", explicou sobre as dificuldades.

  • TRISTEZA E PREOCUPAÇÃO

Nesta segunda-feira, o elenco do Atlético-GO realizou treino na academia pela manhã, como estava previsto. Mas o sumiço do treinador chamou a atenção da diretoria.

"Tentei falar com ele no domingo, mas o celular estava desligado. O que não é normal. Ele não costuma desligar. Mas tudo bem. Agora hoje ele não apareceu. Fomos checar o que houve, e buscamos todas as possibilidades. Nossos médicos chegaram a consultar o IML e todos hospitais, tudo. Depois que não tínhamos mais ideia e que comunicamos a imprensa", disse Adson Batista, diretor de futebol do Atlético-GO.

"É um sentimento muito difícil. Uma situação difícil de abosrver. Um cara próximo. É uma situação muito tensa. Sem condição de falar. Vamos esperar que Deus ilumine e que ela termine da melhor maneira possível", disse.

O diretor também disse que a família do treinador está no Rio de Janeiro aflita, aguardando notícias sobre o que pode ter ocorrido com ele.

O treinamento não foi cancelado. Além da atividade pela manhã, os jogadores vão prosseguir com a preparação nesta tarde.

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  • MARCELO CABO

Marcelo Cabo começou a carreira como treinador em 2004, pelo Bangu. Depois, passou por times do Brasil e do Oriente Médio. Além disso, ele também foi auxiliar de Jorginho no Vasco e trabalhou como observador no primeiro trabalho de Dunga como técnico da seleção brasileira.

O técnico de 50 anos, que trabalhou no Ceará em 2015, foi contratado pelo Atlético-GO em maio de 2016 e levou o time ao título da Série B do Campeonato Brasileiro, com dez pontos de vantagem sobre o Avaí.

 

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