Em 2011, quando ainda era presidente do Corinthians, Andrés Sanchez foi a um programa de TV e profetizou: "Nos próximos três anos, o Corinthians será o time mais rico e estruturado do mundo", afirmou o cartola que emplacou aliados como sucessores e segue mandando no Parque São Jorge. Nada mais equivocado.
No lugar de peitar Real Madrid, Barcelona e Bayern de Munique, o Corinthians foi, entre os 12 clubes mais tradicionais do Brasil, o que mais empobreceu entre 2011 e 2014, segundo dados dos balanços das equipes compilados pelo consultor Amir Somoggi.
Em 2011, ano da equivocada previsão de Andres, o Corinthians faturou R$ 290 milhões, o que era disparado o maior faturamento de um clube brasileiro (o São Paulo estava em segundo lugar com R$ 226 milhões).
No ano passado, as receitas corintianas foram de R$ 258 milhões, um tombo de 11%. Entre os outros grandes, só Santos (10%) e Vasco (6%) viram seu faturamento cair.
Enquanto isso, o Flamengo viu seu faturamento aumentar 88%, tomando o posto de clube mais rico do país. E o sonho corintiano de peitar os grandes europeus virou uma miragem.
Na temporada 2013/2014, a última da Europa com dados disponíveis, o Corinthians faturou pouco mais da metade do que o Everton, o 20º mais rico do continente. Em relação ao Real Madrid, o primeiro, a receita corintiana não chega a 15%.
O resultado do empobrecimento é uma debandada geral. Nesta sexta-feira, o clube anunciou que não irá renovar os contratos de Emerson Sheik e Guerrero. E uma dívida que não para de crescer, agravada pelo custo bilionário da Arena Corinthians.
Desde previsão de 'mais rico do mundo', Corinthians foi o que mais empobreceu
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