Após escândalo e prisões, Del Nero coloca a culpa em Teixeira e defende Marín

ESPN.com.br
NELSON ALMEIDA/AFP/GETTY IMAGES
Jose Maria Marin Marco Polo Del Nero Coletiva Fifa Arena Corinthians Legado Copa 20/01/2015
Marco Polo Del Nero e José Maria Marín em evento da Fifa

Após o escândalo que terminou na prisão de José Maria Marín e mais seis executivos da Fifa na Suíça, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, se pronunciou sobre o caso. O cartola saiu em defesa de seu antecessor no comando da entidade que rege o futebol brasileiro e colocou toda a culpa pelos "contratos suspeitos" no ex-presidente Ricardo Teixeira.

"São contratos firmados antes da administração do Marín, não tem nada firmado após. Eu conheço esses contratos", disse Del Nero.

Os papeis em questão são os contratos firmados antes da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, que estão sendo investigados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Del Nero também admitiu que a prisão de Marín, seu aliado, "não é boa" para a imagem da CBF, mas admitiu que uma investigação é necessária.

"Não é boa, né? Lógico que não é boa, é péssima, mas temos que saber o que se passa", afirmou.

O presidente da entidade que comanda o futebol brasileiro, aliás, ficou sabendo da prisão de Marín após receber ligação da mulher do ex-dirigente, que estava no mesmo hotel onde o ex-mandatário foi preso nesta quarta-feira.

Entenda o caso

A dois dias da eleição para a presidência, um terremoto sacode a Fifa. Na madrugada desta quarta-feira, horário brasileiro, uma operação especial das autoridades suíças, sob liderança do FBI, prendeu sete executivos importantes da entidade sob a acusação de corrupção, entre eles José Maria Marin, ex-presidente da CBF. O grupo dos detidos será extraditado para os Estados Unidos a fim de uma maior investigação sobre o assunto na federação mais importante do futebol mundial.

Segundo nota oficial do Departamento de Justiça norte-americano, 14 réus são acusados de extorsão, fraude e conspiração para lavagem de dinheiro, entre outros delitos, em um "esquema de 24 anos para enriquecer através da corrupção no futebol". Sete deles foram presos na Suíça. Além de Marin, Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo e Rafael Esquivel. Um mandado de busca também será executado na sede da Concacaf, em Miami, nos EUA.

O brasileiro J.Hawilla, dono da Traffic, conhecida empresa de marketing esportivo, é um dos réus que se declararam culpados, assim como duas empresas de seu grupo, a Traffic Sports International Inc. and Traffic Sports USA Inc. Em dezembro de 2014, segundo a justiça dos EUA, ele concordou em pagar mais de 151 milhões de dólares, sendo que US$ 25 mi foram pagos na ocasião. As acusações são de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça.

Além de Hawilla, também se declararam culpados o norte-americano Charles Blazer, ex-secretário-geral da Concacaf e ex-representante dos EUA no Comitê Executivo da Fifa; Daryan e Daryll Warner, filhos do ex-presidente da Fifa Jack Warner.

Reuters
Ricardo Teixeira enquanto era presidente da CBF
Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, deixou o comando da entidade em 2012
Comentários

Após escândalo e prisões, Del Nero coloca a culpa em Teixeira e defende Marín

COMENTÁRIOS

Use a Conta do Facebook para adicionar um comentário no Facebook Termos de usoe Politica de Privacidade. Seu nome no Facebook, foto e outras informações que você tornou públicas no Facebook aparecerão em seu cometário e poderão ser usadas em uma das plataformas da ESPN. Saiba Mais.